A Monkeypox (MPX) é uma doença endêmica em países da África Central e Ocidental e no ano de 2022 foi confirmada em diversos países não africanos. A possibilidade de um surto mundial alertou as autoridades sanitárias e chamou a atenção para a necessidade de ações que evitassem a disseminação da doença.
Com a evolução do cenário epidemiológico global, a Organização Mundial da Saúde – OMS declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional em 23 de julho de 2022, elevando o nível de preocupação com a doença e apontando a necessidade de ampliação da capacidade para contenção da sua transmissão nos países.
Causada pelo vírus Monkeypox (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae - que também inclui o vírus da varíola, o vírus vaccínia (usado na vacina contra a varíola) e o vírus da varíola bovina -, foi identificada pela primeira vez em 1958 em primatas não humanos (macacos). Apesar do nome, os primatas não são reservatórios. Trata-se de uma zoonose viral, cuja transmissão pode ocorrer por gotículas respiratórias, contato direto com lesões cutâneas, mucosas e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados ou contato indireto com objetos contaminados.
De forma a prevenir ações contra os primatas não humanos, bem como estigma a esses animais, o Ministério da Saúde (MS) optou por não denominar a doença no Brasil como “varíola dos macacos”. Assim, apesar do estrangeirismo, uma tentativa de solucionar a situação foi a de usar a denominação dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) - Monkeypox.
A MPX é geralmente uma doença leve e autolimitada, com manifestações clínicas semelhantes às da varíola, doença imunoprevenível erradicada mundialmente em 1980, e reconhecida principalmente por suas erupções cutâneas. O Plano de Contingência é um documento que deve ser avaliado e revisado sempre que estiverem disponíveis novas evidências científicas, visando reunir informações necessárias para a tomada de decisão dos gestores do SUS.